sexta-feira, 10 de julho de 2020

TESTEMUNHO

Deus me escolheu para ser Shalom, para ser sal e luz desde sempre

Cinthia Viegas, 33 anos, da Comunidade de Aliança, conta como conheceu o Shalom e a condução de Deus para descobrir a sua vocação.
Quando eu tinha uns cinco anos, lembro da minha mãe lendo a bíblia para mim toda noite antes de dormir. Isso despertou em mim curiosidade e desejo de conhecer tudo o que tinha naquele livro. No entanto, apesar desse hábito, mamãe não costumava ir à igreja. Lembro que aos sete anos pedi a ela para fazer catecismo e ela prontamente me levou para fazer a inscrição, assim, fiz minha primeira Eucaristia e dei início a minha vida de serviço para a Igreja.
Participava do coral infantil, ministério de dança e da Infância missionária. Sempre uma vida doada para Deus. Como dizia a minha mãe, só faltava morar na igreja! Mas ainda faltava algo. Mas como? Se vivia ocupada com tudo na paróquia? Não me sentia plenamente feliz, mesmo realizando tantas obras.
Fui vivendo e fazendo aquilo que podia e que Deus me conduzia. No ano de 2013 fui para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) do Rio de Janeiro, mas não fui com nenhum grupo específico. Fui para ficar na casa da minha prima e ir aos eventos que julgava mais importante. A missa de abertura foi um deles e lá encontrei um grupo de missionários da Comunidade Católica Shalom.
Filho de Deus, Menino Meu
Voltando da JMJ, passei a seguir a página do Shalom Recife, mas nada de ir até o Centro de Evangelização. Foi em 2015 que, certa vez, vi o anúncio da audição para o espetáculo Filho de Deus Menino Meu e fiz a minha inscrição.
No dia da audição, vivi aquela velha tentação de não querer ir. E realmente não me preparei para isso. Eu me preparei para ir para casa da minha avó emprestada, Dona Fernanda. Por providência Divina, para chegar à casa dela, passava pela rua do Shalom. Então, quando cheguei na esquina do Centro de Evangelização Deus falou: “Vem! Que Eu estou te esperando”. Podia ouvir claramente a voz dEle. Nesse dia eu não fui para a casa de dona Fernanda.
Entrei no Centro de Evangelização e dei logo de cara com uma sala que levava o nome de Santa Teresa D’Ávila, santa que sempre foi minha amiga e me ajudou a olhar para Deus em momentos muito difíceis da minha vida. Senti naquele momento que estava no lugar certo e na hora certa.  Ali, Deus já foi me firmando, pois, esperei mais de cinco horas para fazer a audição. E incrivelmente, esperei pacientemente.
Ali era meu lugar
Não entrei logo de cara em nenhum grupo de oração, apenas me comprometi com os ensaios. Mas na primeira apresentação do espetáculo eu tive certeza de que ali era o meu lugar. Então passei a frequentar o grupo Kenosis, que ainda não tinha nome.
Poucos meses depois, em 2016, ingressei no vocacional e lá Deus foi confirmando que havia me escolhido para ser Shalom, antes de ser formada no ventre da minha mãe. Sim! Ele me chamou. Encontrei o meu lugar. E para minha surpresa, a secretária vocacional, Juliana Keyt, que hoje está em missão no Chile, era uma das missionárias que encontrei em 2013 na JMJ e que pedi para tirar uma foto. Tudo já estava no coração de Deus!
Comunidade de Vida
Em 2017, fui em missão como postulante da Comunidade de Vida para Cruzeiro do Sul. Tempo de muita alegria, onde pude mergulhar no coração do Carisma. Em 2018 fui enviada para o Discipulado São José, na cidade de Eusébio. Posso dizer que foi o ano mais forte, até hoje, dentro da Comunidade.
O Discipulado é como se fosse o ventre da Comunidade e lá somos gerados. Foram obras muito intensas. E foi lá que descobri o meu chamado para a Comunidade de Aliança (CAl). Fui muito amparada pela equipe de formação, que foi me ajudando entender os desígnios do Senhor para mim. Em novembro de 2019, foi fechado o meu discernimento para a CAl Shalom.
Sou Aliança, enfim encontrei o meu lugar
No dia 23 de dezembro retornei para Recife. Vivi o tempo de experiência que a Comunidade pede hoje a todos que retornam e, depois de um ano e seis meses, fui acolhida mais uma vez na Comunidade, agora como Comunidade de Aliança.
Hoje posso dizer que sou imensamente feliz, pois encontrei o meu lugar na Igreja. Não é um caminho fácil. Como diz nosso fundador, Moysés, é um caminho que exige coragem, renúncia e disposição. Um caminho de cruz e ressurreição, mas sem dúvida nenhuma, um caminho que é de e para a felicidade. Sou feliz! Sou Shalom!
Muito obrigada, Senhor, por me teres escolhido para esta magnífica vocação.

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