quinta-feira, 19 de setembro de 2024

SANTO DO DIA

 Sete fatos sobrenaturais de são José de Cupertino, conhecido como o santo voador

São José de Cupertino (1603-1663), padroeiro dos estudantes e conhecido como o santo voador, foi abençoado por Deus com muitos milagres que ele sempre atribuía à intercessão da Santíssima Virgem Maria.

Abaixo, sete acontecimentos sobrenaturais que ocorreram durante a sua vida:

1. Voava pelos ares

São José de Cupertino caia constantemente em êxtase e seus irmãos frades e os fiéis o viram "voar" em várias ocasiões. Um dia, os religiosos o viram levitar até uma estátua da Virgem Maria que estava a três metros e meio de altura e dar um beijo no Menino Jesus. Logo depois rezou no ar com intensa emoção.

O acontecimento mais conhecido ocorreu quando dez trabalhadores queriam levar uma cruz pesada a uma montanha alta, mas não conseguiram. Então, o Frei José levitou com a cruz e a levou ao topo da montanha.

2. Exorcizava com uma frase obediente

Seus superiores o escolheram para exorcizar demônios, mas o santo se considerava indigno disso. Por isso, usava a seguinte frase contra o maligno: "Sai desta pessoa se quiser, mas não faça isto por mim, mas pela obediência que devo aos meus superiores". E os demônios saíam.

3. Podia estar em dois lugares ao mesmo tempo

O dom de estar em dois lugares ao mesmo tempo se chama bilocação ou onipresença. Dizem que quando a mãe de São José estava morrendo no povoado de Cupertino, o santo estava em Assim ao saber da notícia. O frei entrou com uma grande luz no quarto da sua mãe, que depois de vê-lo partiu para a casa do Pai.

Em Assis, os superiores perguntaram a São José por que ele estava chorando amargamente e lhes disse que a sua mãe tinha acabado de falecer. Mais tarde, muitas pessoas testemunharam que o santo acompanhou a sua mãe em Cupertino.

4. Curava com o sinal da cruz

Um homem arrogante disse a São José: “ímpio, hipócrita, não por você, mas pelo hábito de religioso que veste tenho que respeitá-lo. Eu acreditaria em tudo o que você faz se me curar com o sinal da cruz sobre a minha ferida".

O santo respondeu humildemente que tudo o que dizia dele era verdade e fazendo o sinal da cruz sobre a ferida, o homem foi curado.

Do mesmo modo, recuperou a vista de um cego colocando a sua capa sobre a sua cabeça. Os aleijados e coxos eram curados ao beijar o crucifixo que São José colocava diante deles. Os que estavam doentes com uma epidemia de febre altíssima foram curados quando o santo fazia o sinal da cruz na testa deles.

5. Lia os corações e convertia os protestantes

O príncipe luterano John Federick, aos 25 anos, foi a Assis com duas escoltas, uma católica e outra protestante. Entraram na igreja onde São José estava celebrando a Missa e no momento da consagração o santo não conseguiu partir a Hóstia Consagrada, porque estava dura como pedra e teve que devolvê-la à patena.

Pe. José começou a chorar de dor e levitou aproximadamente um metro de altura. Ao descer, conseguiu partir a hóstia depois de muito esforço. Os seus superiores perguntaram por que havia acontecido isso e ele respondeu que era devido ao coração duro das pessoas que participavam da Missa.

No dia seguinte, o príncipe voltou com os dois homens e quando o santo levantou a Hóstia durante a Missa, a cruz da Sagrada Hóstia ficou negra. Isso lhe causou muita dor e chorando levitou com a hóstia durante aproximadamente 15 minutos. Este milagre comoveu o coração do príncipe e, por isso, ele e o seu acompanhante decidiram se converter à fé católica.

6. Comunicava-se com os animais

Quando passava por um campo e começava a rezar, as ovelhas se reuniam ao redor dele e escutavam atentamente as suas orações. As andorinhas voavam em bandos ao redor da sua cabeça e o acompanhavam por vários quarteirões.

7. Profetizou o futuro dos papas

Um dia, levaram São José para visitar o papa Urbano VIII, que queria saber se os êxtases e os episódios de levitação do frade eram verdadeiros.

São José apareceu diante do pontífice e levitou e impressionou as pessoas que estavam presentes. O santo previu o dia e a hora da morte deste papa e de Inocêncio X.

SANTO DO DIA

 Hoje a Igreja celebra são Januário, o santo da “liquefação do sangue”


Hoje (19), a Igreja celebra a festa de são Januário, que morreu mártir e cujo sangue, depositado há séculos em um relicário especial, sofre liquefação.

São Januário, padroeiro de Nápoles (Itália), foi bispo de Benevento. Durante a perseguição contra os cristãos foi feito prisioneiro junto com seus companheiros e submetido a terríveis torturas. Um dia, ele e seus amigos foram lançados aos leões, mas os animais só rugiram sem se aproximar deles.

Então, foram acusados de usar magia e condenados a morrer decapitados perto de Pozzuoli, onde também foram enterrados. Isso aconteceu por volta do ano 305.

As relíquias de são Januário foram transladadas por diferentes lugares até que finalmente chegaram a Nápoles em 1497.

Embora muitos questionem, ninguém pode explicar o fato que acontece com o sangue do santo, o qual se torna líquido (liquefação) em três celebrações durante o ano: a transladação de seus restos mortais para Nápoles (no sábado anterior ao primeiro domingo de maio), sua festa litúrgica (19 de setembro) e o aniversário de sua intervenção para evitar os efeitos de uma erupção do vulcão Vesúvio em 1631 (16 de dezembro).

Em cada uma dessas ocasiões, o bispo ou um sacerdote apresenta a relíquia com o sangue, diante da urna que contém a cabeça de são Januário. Tudo isso ante a presença dos fiéis. Depois de um tempo, ele agita o relicário, coloca-o de cabeça para baixo e a massa de sangue se torna líquida e com cor avermelhada e, às vezes, borbulha. Então anuncia: “O milagre aconteceu!”.



IGREJA

 Oito dados sobre o milagre da liquefação do sangue de são Januário

Hoje (19) a Igreja celebra a festa de são Januário, bispo, mártir e padroeiro de Nápoles, Itália.

Todo dia 19 de setembro e em outras duas ocasiões do ano costuma acontecer o milagre da liquefação do sangue de são Januário, que é conservado em estado sólido em um relicário pelo resto do ano.

É um acontecimento extraordinário que é considerado um prodígio e ocorre desde 1389, segundo documentação citada pela mídia italiana Famiglia Cristiana.

Abaixo, oito dados sobre a liquefação do sangue de são Januário:

1. O sangue é conservado em duas ampolas de vidro

O sangue seco de são Januário é conservado em duas ampolas de vidro na Capela do Tesouro da Catedral de Nápoles.

2. A liquefação é um milagre

A Igreja considera que o milagre acontece graças à dedicação e orações dos fiéis.

Este consiste em que a massa de sangue avermelhado seco, aderido a um lado da ampola, transforma-se em sangue completamente líquido, chegando a cobrir todo o vidro.

3. A liquefação costuma acontecer três vezes ao ano

O sangue do santo tradicionalmente se torna líquido (liquefação) em três celebrações durante o ano: a transladação de seus restos mortais para Nápoles (no sábado anterior ao primeiro domingo de maio), sua festa litúrgica (19 de setembro) e o aniversário de sua intervenção para evitar os efeitos de uma erupção do vulcão Vesúvio em 1631 (16 de dezembro).

4. A liquefação pode levar dias

O processo de liquefação às vezes leva horas ou até dias, mas às vezes não acontece.

As ampolas, que conservam uma massa sólida escura, estão em um relicário que é segurado e girado por um padre, geralmente o arcebispo de Nápoles, enquanto o povo reza.

Normalmente, após um período que pode ir de dois minutos a uma hora, a massa sólida fica vermelha e começa a borbulhar.

Segundo o site Famiglia Cristiana, o relicário com as ampolas fica à vista dos fiéis por oito dias, durante os quais eles podem beijá-lo enquanto "um padre o move para mostrar que (o sangue) ainda está líquido. Depois, é colocado na abóboda com chave" no interior da Capela do Tesouro da Catedral.

5. Os fiéis veneram a relíquia todos os anos

Com a exclamação: "O milagre aconteceu!", o povo caminha em ordem e em direção ao altar para beijar a relíquia e cantar o Te Deum em ação de graças.

6. Não há explicação científica

Várias investigações já foram feitas no passado para encontrar uma explicação científica para responder à questão de como algo sólido pode se liquefazer de repente, mas nenhuma foi satisfatória até agora.

7. A liquefação nem sempre ocorre

Quando o sangue não se liquefaz, os napolitanos tomam o fato como um presságio de desgraças.

O sangue não se liquefez em setembro de 1939, 1940, 1943, 1973, 1980 e também em dezembro de 2016.

A relíquia também permaneceu sólida no ano em que Nápoles elegeu um prefeito comunista, mas se liquefez espontaneamente quando o então arcebispo de Nova York, cardeal Terence Cooke, visitou o santuário de são Januário em 1978.

8. O sangue se liquefez na presença de alguns papas

No ano de 2015, enquanto o papa Francisco dava alguns conselhos aos religiosos, padres e seminaristas de Nápoles, o sangue se liquefez novamente.

A última vez que a liquefação ocorreu diante de um papa foi em 1848 com Pio IX. Não havia acontecido quando João Paulo II e Bento XVI visitaram a cidade em outubro de 1979 e outubro de 2007, respectivamente.

LITURGIA DIÁRIA

Evangelho de quinta-feira: sonhar com um novo coração

Comentário ao Evangelho de quinta-feira da XXIV semana do Tempo Comum. «Por isso te digo: são-lhe perdoados os seus muitos pecados, porque muito amou; mas aquele a quem pouco se perdoa, pouco ama». Jesus não nos quer perfeitos, mas enamorados. Por isso as nossas faltas não nos desanimam, mas bem pelo contrário: levam-nos a dar graças a Deus por experimentarmos uma vez mais o Seu amor infinito.


 Evangelho (Lc 7, 36-50)

Naquele tempo, um fariseu convidou Jesus para comer com ele. Jesus entrou em casa do fariseu e tomou lugar à mesa. Então, uma mulher – uma pecadora que vivia na cidade – ao saber que Ele estava à mesa em casa do fariseu, trouxe um vaso de alabastro com perfume; pôs-se atrás de Jesus e, chorando muito, banhava-Lhe os pés com as lágrimas e enxugava-lhos com os cabelos, beijava-os e ungia-os com o perfume. Ao ver isto, o fariseu que tinha convidado Jesus pensou consigo:

«Se este homem fosse profeta, saberia que a mulher que O toca é uma pecadora».

Jesus tomou a palavra e disse-lhe:

«Simão, tenho uma coisa a dizer-te».

Ele respondeu:

«Fala, Mestre».

Jesus continuou:

«Certo credor tinha dois devedores: um devia-lhe quinhentos denários e o outro cinquenta. Como não tinham com que pagar, perdoou a ambos. Qual deles ficará mais seu amigo?».

Respondeu Simão:

«Aquele – suponho eu – a quem mais perdoou».

Disse-lhe Jesus:

«Julgaste bem».

E voltando-Se para a mulher, disse a Simão:

«Vês esta mulher? Entrei em tua casa e não Me deste água para os pés; mas ela banhou-Me os pés com as lágrimas e enxugou-os com os cabelos. Não Me deste o ósculo; mas ela, desde que entrei, não cessou de beijar-Me os pés. Não Me derramaste óleo na cabeça; mas ela ungiu-Me os pés com perfume. Por isso te digo: são-lhe perdoados os seus muitos pecados, porque muito amou; mas aquele a quem pouco se perdoa, pouco ama».

Depois disse à mulher:

«Os teus pecados estão perdoados».

Então os convivas começaram a dizer entre si:

«Quem é este homem, que até perdoa os pecados?».

Mas Jesus disse à mulher:

«A tua fé te salvou. Vai em paz».


Comentário

O Evangelho de hoje relata a cena daquela mulher que, com dor pelos seus pecados, se atreve a ajoelhar-se diante de Jesus. Uma mulher que chora, que beija e que unge os pés do Senhor. Uma mulher que rompe com a sua antiga vida, que não fica fechada no seu passado, que não desanima e deixa que o Senhor a cure. Uma mulher que abre o seu coração porque quer amar verdadeiramente e precisa do perdão de Deus. Uma mulher que sonha com um coração amoroso, com um coração novo que possa amar mais e melhor. Uma “buscadora” de amor apaixonado.

Diante dela está um homem, de certa cultura, um fariseu, que a julga duramente, que a despreza, que não compreende os seus gestos, nem o olhar misericordioso do Senhor. Um homem incapaz de sonhar.

E Jesus, no meio dos dois. Com paciência e amor explica a Simão o que esta mulher tinha feito: como o que causa dor a Deus é um coração fechado à misericórdia, ao perdão, porque é incapaz de reconhecer os seus próprios pecados. E como «o lugar privilegiado para o encontro com Cristo são os próprios pecados».

Mostra-lhe como Ele estava à espera que aquela mulher entrasse no banquete sem pedir licença, e abraçasse os Seus pés. O desejo de Jesus era poder dizer-lhe: «Os teus pecados estão perdoados»[1].

Esta mulher ensina-nos a maneira correta de manifestar o nosso arrependimento e confessar as nossas misérias e pecados.

Precisamos de chorar por eles, tornar nossa a dor de Deus pelos nossos abandonos e desprezos. Precisamos de nos colocar aos pés do Senhor e beijar e ungir os Seus pés, com a nossa gratidão e a nossa adoração.

Jesus nunca fica na superfície da nossa vida, Ele vai até ao fundo do nosso coração para curá-lo e para que possa amar novamente.

quarta-feira, 18 de setembro de 2024

IGREJA

 Diversidade de identidades religiosas é “um dom de Deus”, diz papa Francisco

O papa Francisco elogiou hoje (17) a diversidade cultural e religiosa como “um dom de Deus” em mensagem de vídeo para uma conferência inter-religiosa de jovens.

“Contemplem a diversidade das vossas tradições como uma riqueza, uma riqueza desejada por Deus”, disse o papa aos jovens reunidos em Tirana, Albânia, para os Encontros Mediterrâneos 2024.

“A unidade não é uniformidade”, disse Francisco, “e a diversidade das nossas identidades culturais e religiosas é um dom de Deus”.

A fala do papa Francisco sobre diversas identidades religiosas serem um dom desejado por Deus se dá poucos dias depois que o papa ganhou manchetes no último fim de semana por dizer aos jovens em Singapura na sexta-feira (13), que “todas as religiões são um caminho para nos aproximarmos de Deus”.

A mensagem em vídeo do papa foi enviada hoje a 50 jovens de 25 países do mar Mediterrâneo e do mar Negro que participam dos Encontros Mediterrâneos 2024 (Med24) em Tirana, Albânia, de 15 a 21 de setembro.

Jovens se reúnem ontem (16) em Tirana, Albânia, para os Encontros Mediterrâneos 2024. Arquidiocese de Tirana–Durrës
Jovens se reúnem ontem (16) em Tirana, Albânia, para os Encontros Mediterrâneos 2024. Arquidiocese de Tirana–Durrës

O encontro, com o tema “Peregrinos da Esperança, construtores de paz”, acontece um ano depois de o papa Francisco participar dos Encontros Mediterrâneos em Marselha, França, em 23 de setembro do ano passado.

A conferência inter-religiosa é focada nos temas de paz, migração e dignidade humana e inclui momentos de diálogo, oração e visitas culturais.


Em sua mensagem, o papa Francisco pediu aos participantes do Med24 que coloquem no centro “a voz daqueles que não são ouvidos”, especialmente os pobres e os migrantes.

“Penso naqueles que, muitas vezes, muito jovens, têm que deixar seu país para ter um futuro melhor”, disse Francisco. “Cuidem de cada um. Não se trata de números, mas de pessoas, e cada pessoa é sagrada; trata-se de rostos cuja dignidade deve ser promovida e protegida. Renunciemos à cultura do medo para abrir a porta da acolhida e da amizade”.

O papa encorajou os jovens da Albânia em particular a “seguir os passos dos seus mártires”.

“Sua coragem é um testemunho vivo que pode inspirar o compromisso de vocês de resistir a todas as violências que desfiguram a nossa humanidade, como fez a beata Maria Tuci com apenas vinte e dois anos”, disse Francisco.

A beata Maria (também conhecida como Marije) Tuci é uma das 38 mártires albanesas beatificadas em 2016.

A albanesa, professora de uma escola primária católica que também estava em formação para se tornar uma irmã religiosa, foi presa e encarcerada pelo Estado comunista anticatólico em 1949.

Ela morreu em 1950, aos 22 anos, depois de ser brutalmente torturada na prisão.

SANTO DO DIA

 Hoje a Igreja celebra são José de Cupertino, padroeiro dos estudantes com dificuldades

“Rezar, não se cansar nunca de rezar. Que Deus não é surdo nem o céu é de bronze. Todo aquele que pede, recebe”, dizia são José de Cupertino, o franciscano que não era bom nos estudos, mas que se tornou padroeiro dos estudantes.

São José nasceu em 1603 no povoado chamado Cupertino (Itália) em uma família muito pobre. Quando tinha 17 anos, pediu para ser admitido na ordem franciscana, mas foi recusado. Então, solicitou ingressar nos capuchinhos, onde ingressou como irmão leigo.

Depois de alguns meses foi expulso por ser muito distraído. Deixava cair os pratos que levava ao refeitório, esquecia-se de suas atribuições e parecia que sempre estava pensando em outra coisa.

São José buscou refúgio na casa de um familiar rico que também chegou a coloca-lo na rua, dizendo que o jovem era bom para nada. Por isso, sua mãe rogou a um parente franciscano para que recebessem o rapaz como mensageiro em um convento.

Os frades o aceitaram como empregado, colocaram-no para trabalhar no estábulo e o jovem começou a desempenhar sua função com grande destreza em todos os ofícios que o encomendavam.

Com sua humildade, amabilidade, espírito de penitência e de oração, foi ganhando rapidamente o apreço dos religiosos, os quais em 1625, por votação unânime, admitiram-no como um de seus membros.

Colocaram-no para estudar para o sacerdócio, mas quando tinha provas São José travava e não era capaz de responder. Chegou uma das provas finais e a única frase do Evangelho que o frade sabia explicar era: “Bendito o fruto do teu ventre, Jesus”.

O examinador disse que abriria a Bíblia e leria uma frase por acaso para escutar a interpretação. José estava assustadíssimo e a providência quis que a passagem escolhida fosse a única que era capaz de explicar.

Na prova definitiva para as autoridades decidirem quem seria ordenado sacerdote, o bispo examinou os dez primeiros. Eles responderam tão maravilhosamente que o bispo não achou necessário seguir examinando os demais. Assim, são José, que era o seguinte da lista, livrou-se da prova.

Por isso, este santo é considerado padroeiro dos estudantes, especialmente dos que encontram dificuldades nos estudos como ele.

Foi ordenado sacerdote em 18 de março de 1628 e, sabendo que não tinha qualidades especiais para a pregação e o ensino, então dedicou-se à oferecer penitências e orações pelos pecadores.

Por sua intercessão, em vida, Deus realizou vários milagres e, com eles, alcançou a conversão de muitos.

Partiu para a Casa do Pai em 18 de setembro de 1663. Foi beatificado em 1753 por Bento XIV e canonizado em 1767 por Clemente XIII.

LITURGIA DIÁRIA

Evangelho de quarta-feira: recordar para agradecer

Comentário ao Evangelho de quarta-feira da XXIV semana do Tempo Comum. «Tocámos flauta para vós e não dançastes, entoámos lamentações e não chorastes». Jesus precisa de nós com um coração simples e agradecido. Uma forma de sermos gratos é recordar as coisas boas que Deus nos dá no dia-a-dia e ao longo da nossa vida.


 Evangelho (Lc 7, 31-35)

Naquele tempo, disse Jesus à multidão:

«A quem hei de comparar os homens desta geração? Com quem se parecem? São como as crianças, que, sentadas na praça, falam umas com as outras, dizendo: ‘Tocámos flauta para vós e não dançastes, entoámos lamentações e não chorastes’. Porque veio João Batista, que não comia nem bebia vinho, e vós dizeis: ‘Tem o demónio com ele’. Veio o Filho do homem, que come e bebe, e vós dizeis: ‘É um glutão e um ébrio, amigo de publicanos e pecadores’. Mas a Sabedoria é justificada por todos os seus filhos».


Comentário

Ao contemplar a vida dos seus contemporâneos, Jesus compara-os a crianças que, sentadas na praça, permaneceram indiferentes àqueles que procuraram distraí-los: «Tocámos flauta para vós e não dançastes, entoámos lamentações e não chorastes».

Apesar de terem visto milagres, terem escutado a sua palavra e, inclusivamente, se terem sentido atraídos pela sua figura, nada os moveu. No fundo permanecem nas suas próprias ideias, não são capazes de reconhecer os chamamentos de Deus através das pessoas e dos acontecimentos. «Veio João Batista, que não comia nem bebia vinho, e vós dizeis: ‘Tem o demónio com ele’. Veio o Filho do homem, que come e bebe, e vós dizeis: ‘É um glutão e um ébrio, amigo de publicanos e pecadores’».

Tantas vezes nos poderia dizer Jesus o mesmo que disse aos da sua geração: «Tocámos flauta para vós e não dançastes, entoámos lamentações e não chorastes».

Jesus pede que tenhamos um coração sensível e agradecido. «A Sabedoria é justificada por todos os seus filhos». Um coração que seja capaz de se dar conta de todos os dons que nos dá o nosso Pai Deus. Ao mesmo tempo, Jesus pede-nos que mostremos ao mundo, com a nossa alegria, com o nosso agradecimento, com o nosso sorriso, a maravilha que representa acreditar num Deus que nos ama com loucura e que tanto fez por nós.

Que podemos fazer para sermos agradecidos? Uma das coisas que podemos fazer é recordar. À medida que vão passando os anos vamo-nos dando conta cada vez mais de todas as pessoas que nos ajudaram na vida. Em primeiro lugar os nossos pais, amigos, sacerdotes, professores e um longo etcétera.

Também nos ajuda comportarmo-nos com Deus da mesma maneira. Fazer memória, recordar todas as coisas boas que recebemos d’Ele. Há um ponto da Forja resume muito bem esta atitude:

«Que dívida a tua com o teu Pai-Deus! Deu-te o ser, a inteligência, a vontade...; deu-te a graça: o Espírito Santo; Jesus, na Hóstia; a filiação divina; Nossa Senhora, Mãe de Deus e nossa Mãe; deu-te a possibilidade de participar na Santa Missa e concede-te o perdão dos teus pecados, tantas vezes o seu perdão!; deu-te dons sem conta, alguns extraordinários...

– Diz-me, filho: como correspondeste?, como correspondes?[1].